Por que Realm Grinder é tão viciante?
- Bernardo Slack
- 24 de abr. de 2017
- 3 min de leitura
Recém atualizada, a versão mobile de Realm Grinder é simplesmente fantástica. Um jogo que carrega perfeitamente o discurso de que gráfico não é tudo num jogo, mostra como uma mecânica bem polida faz toda a diferença.
Em nenhum momento você precisa de detalhe das cenas, apenas é necessário entender a mecânica de progressão geométrica do lucro de cada ação. O game brinca com valores altíssimos de coleta de taxas de cada ação e construção, gerando um gameplay dinâmico e viciante.
É impossível jogar só alguns minutinhos. Esse jogo vai te prender por horas.
Senti falta da parte sonora, acho que poderia oferecer ainda mais imersão ao jogo, mas isso não chegou a diminuir minha conexão com ele. Outro ponto negativo – bastante mesmo – foi a ausência de um autosave na Google Play. Num determinado momento, subitamente, meu save apagou e perdi todo o avanço conquistado. Apesar de ser rápido lucrar, não é tão rápido assim conquistar os troféus ou as gemas, principalmente no começo do jogo.

Agora, mas por que esse jogo é tão viciante?
A resposta é simples: porque é rápido, é dinâmico, você não consegue ficar com a sensação de que chegou ao fim e sempre vai existir alguma coisa para se conquistar.
Realm Grinder carrega características de Tetris, onde você percebe um aceleramento do processo de ação do jogo, observa uma curva de pontuação exponencial e é constantemente abraçado com a sensação de realização de tarefas, contudo não existe o fracasso – o jogo é pura ambição.
Essa sensação existe pelo fato de ser escolha do jogador reiniciar ou não. Se ele não o fizer, vai se sentir estagnado, mas se recomeçar, vai estar com tudo zerado, porém suas gemas conquistadas acelerarão todo o poder de avanço, fazendo o jogador não se importar com recomeçar uma partida.
A gigantesca oferta de troféus, somada a alta carga de esforço necessária para alcançar os mais avançados e ainda com a premiação repentina dos cases secretos, levam o jogador a ter ainda mais ganância e vontade de evoluir. O jogo é repetitivo em sua mecânica, mas não em experiência – e isso é incrível!
É realmente fantástico perceber que o tempo todo se faz exatamente as mesmas coisas por horas no jogo, mas nunca se tem a ideia de que está na mesmice. Isso acontece porque os desafios nas etapas mais avançadas requerem melhor conhecimento do jogador sobre como aplicar o lucro, as magias e até mesmo os rubis.
Este último item é outro caso bacana. O jogo te permite, ainda que muito raro, o encontro com tais minerais – que também são comercializados na loja. Esses rubis oferecem melhoramentos exclusivos, tais como aumento de mana, assistentes etc.

Para concluir, toda vez que você reinicia a partida, além da ganância, existe o porquê. Esse motivo está relacionado às individualidades de cada facção. Com esse detalhamento, é até uma obrigação jogar com todas para se conquistar os mais variados tipos de troféus. Além disso, essas facções pertencem a lados morais sociais, o lado bom, neutro e mau, mas isso não faz diferença em termos morais, apenas em mecânica. O Lado bom exige uma atuação mais ativa do jogador, o lado mau mais passivo, o neutro já tem um gameplay mais equilibrado.
Resumo: o jogo é excelente, viciante e muito bem desenvolvido. O bug do save me encerrou a brincadeira, mas não deixem de jogar e salvar na nuvem. Vale a pena e super recomendo!
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