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Construir Cidades - Parte III

  • Bernardo Slack
  • 8 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

Continuamos falando sobre quatro princípios, ou os quatro P’s, para definir bem uma cidade.

<<< Para ler os posts dessa série sobre Construir Cidades, clique aqui: Propósito e Paz

Progresso:

Como o próprio nome diz, refere-se ao avanço que o jogador terá na história e no jogo.

Geralmente opta-se por um tipo de avanço mais seguro, ou seja, o jogador decide quando vai avançar aqui. São eventos mais passivos, que demandam o interesse do jogador de encará-los na hora que preferir, diferente do que rola quando se está em cavernas ou rotas exteriores, onde o player é abordado inesperadamente ou encara puzzles ou desafios ocultos. Isso acontece porque na cidade também existem outros pontos de interesse antes de se progredir como lojas de equipamentos etc.

É indicado posicionar esses objetivos de progressão em locais afastados do centro da cidade.

Veja abaixo:

A cidade de Celadon em Pokémon é um ótimo exemplo para abordarmos diversos aspectos. Assim que chegamos, a primeira construção é o centro Pokémon onde podemos recuperar toda a nossa equipe e trocar alguém no time. Em seguida, existem prédios que não se pode entrar, mas demonstram o quão maior essa cidade é em comparação a Pallet, por exemplo. Não existe uma praça, mas você consegue identificar os prédios graças ao lago em seu centro.

Foi o que falamos sobre usar algo que sirva como tal referência.

No quesito exploratório, você tem um prédio que te permite comprar todos os itens comerciais do jogo e ainda possui uma entrada secreta nos fundos para adquirir o Eevee. O jogo tem ainda outros dois pontos de progressão: a história central e a paralela, que auxilia na evolução do jogo.

O objetivo principal é coletar os 151 Pokémons, mas o que motiva isso a acontecer é a jornada pelas oito insígnias que acaba se misturando ao desejo por livrar o mundo dos treinadores malvados que pretendem usar os monstros em seus planos turvos. Não precisamos nem dizer o quanto Pokémon é extremamente bem elaborado em termos de Game Design e o quanto isso torna o jogo uma experiência inesquecível. Mas agora o foco são as cidades, vamos nos concentrar noutros detalhes.

Seguindo o conceito de construção, ao sul você precisa usar a habilidade Cut para acessar uma área de ginásio.

No centro, existe uma zona, além do lago, que serve para oferecer a tal fuga ao jogador. Ele tem acesso ao Cassino onde pode investir algumas moedas em troca de prêmios que podem intensificar sua experiência de gameplay como habilidades ou Pokémons novos.

Para não tornar esta área algo superficial, ou até mesmo não necessária para o jogo, foi inserida, de maneira espetacular, um esconderijo da Equipe Rocket. Isso faz total sentido no jogo. Temos, então, todos os aspectos apresentados aqui: Propósito, Paz, Progresso e... calma, ainda não é hora para o quarto P.

É importante lembrar que não se deve forçar o seu jogador a encarar algumas etapas do jogo quando ele estiver em ambientes seguros. Isso pode tornar uma situação frustrante e ele ter a sensação de não estar prevenido. Lembre-se que até jogos como Dark Souls oferecem ambientes seguros em que o jogador sabe que pode respirar.

Outro detalhe é o balanceamento, para saber mais sobre este tema, veja o post em que aprofundamos este assunto que é vital para o funcionamento do seu jogo.

Uma característica interessante das cidades é a oferta de melhorias para investir na evolução do jogador, ou dos personagens que integram a equipe. Armas e equipamentos que vão garantir vantagens para a próxima etapa ou suprimentos que ofereçam garantias de sobrevivência.

Uma característica muito comum, e que também deve ser levada em consideração, é que tais itens não devem ser obrigatórios para a progressão, caso o seu jogador esteja em um nível normal de aventura. Isso cabe ao processo de exploração. Itens adquiridos por compras, principalmente se usando dinheiro de verdade, devem ser apenas facilitadores, nunca obrigatórios.

Sobre posicionamento, estes edifícios podem ser alocados entre as áreas de necessidade e interesse, ou seja, entre o Inn e o ponto chave. Caso queira se aprofundar ainda mais nesse tema, acesse nosso post em que falamos sobre a estrutura de progressão de um enredo.

Continue acompanhando nossos posts sobre a construção de cidades.

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