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Breakout Ninja

  • Bernardo Slack
  • 23 de fev. de 2017
  • 4 min de leitura

A Part Time Monkey é um estúdio dirigido por Tuomas Erikoinen. Para quem não o conhece, ele foi um dos artistas da Rovio, criadora de Angry Birds.

Com o objetivo de criar jogos com foco somente em diversão, Tuomas deu vida a Breakout Ninja. O jogo que vamos falar hoje.

À primeira vista, o jogo já oferece uma ótima trilha sonora e uma arte simples e muito bonita.

Outra observação é que não se demora para começar a jogar. Para um jogo casual, mobile, isso faz muita diferença e Breakout Ninja mandou super bem nesse quesito.

O tutorial foi bem rápido, mas fiquei com uma certa dúvida se estava respondendo aos comandos, até que percebi que tinha um timer para liberar a ação. (Só percebi isso na segunda vez que fiz o tutorial, mas descobri que esse timer não tem no jogo, só na explicação – achei bom e fácil de pegar).

O jogo é em tela vertical. Particularmente, prefiro jogos mobile que seguem o meu estilo de usar a plataforma, portanto, curti a posição da tela. Outro detalhe é que, apesar de ser um runner, não senti, em momento algum, necessidade de uma tela larga (horizontal) para responder aos desafios das fases.

Falando em fases, que level design belíssimo! Repleto de detalhes nas cenas que temperam ainda mais a experiência de jogo. Cenas lindas e ações espetaculares. O jogo transborda simplicidade, mas também uma imersão fantástica. Outros efeitos que dão mais vida ao jogo e são muito bem feitos, são os efeitos sonoros. Excelente trabalho!

Fique ligado!

Se apertar fora do tempo de contato com as bolinhas, fim de jogo.

Essa sensação de timming desperta uma emoção muito bacana com relação a precisão de movimentos. Isso me fez sentir como um verdadeiro ninja. Excelente captação emocional.

Além disso, existem diversas modalidades dentro do jogo que proporcionam experiências diferentes e posturas diferentes para enfrentar uma fase.

Vale destacar que o modo Hard e os demais são ótimas criações. Despertam todo o senso de urgência e fuga, com um toque de provocação (a caveira ficou divertida) e o desafio prolonga o tempo de jogo. Ótima ideia e muito bem executada.

Confesso que me senti “fodão” quando consegui superar o insane.

Mas, infelizmente, nem tudo foram flores na experiência. Vamos a algumas observações e bugs.

Bug 1: Quando joguei o tutorial a primeira vez, precisei fazer algumas anotações e a tela do meu celular apagou. Quando reacendi o jogo rodava normalmente com a instrução de apertar em qualquer lugar da tela para encerrar o tutorial, contudo não havia resposta do jogo.

Conclusão, fiquei travado. Recomecei o jogo e encarei o tutorial novamente (isso me fez enxergar com ainda melhores olhos essa etapa do jogo – por ser rápido, não estragou minha experiência).

Bug 2: O “best” no modo Stars indica que a melhor marca é a equivalente a que você fez na partida em que acabou de jogar na tela de morte e não a verdadeira melhor marca. Tudo bem que depois, na tela menu inicial, tudo volte ao normal e o valor apresentado seja realmente a melhor marca, mas isso me deixou confuso na hora em que vi.

Sobre a publicidade: quando se trata de jogos da Part Time Monkey, a inserção é agradável, aparece apenas um pop up e você pode fechá-lo sem problemas.

Porém, quando é uma propaganda externa... espere por trinta (longos) segundos até poder fechá-lo e voltar ao jogo. Não é uma experiência que estraga a diversão, mas é uma tática de venda, já que a versão paga do jogo garante Ad-Free.

Observação importante!

Não entendi para que servem as evoluções.

Achei aquele mestre (o senhor velhinho) simpático e até gostei dele me dizer (dar a sensação de) que evoluí ao longo do tempo, contudo, fiquei frustrado por essa evolução ser somente um texto no HUD no topo da tela. Não vi nada mudar, visualmente no personagem, ou no gameplay. Ou seja, era apenas um título.

Honestamente, ou falta informação, ou isso é “descartável”. Só não vou ser incisivo porque eu acho que essa sensação de evolução é ótima e já funcionou bem. Mas pode (deve) ser melhorada.

O jogador quer (e merece) ser recompensado. Tuomas, investe nisso aqui. ;)

Dicas:

Como é um jogo que se morre muito, poderiam existir cenas variadas de morte. Poderiam ser engraçadas ou apenas diferentes mesmo. Afinal, são detalhes que fazem o jogador não perceber que o jogo está muito repetitivo.

Outra dica seria a customização do ninja. Seus atraentes olhos verdes poderiam mudar as cores, ou sua silhueta não ter uma toca e sim cabelos variados.

Enfim, são muitas opções que podem casar bem com o jogo e que podem gerar mais tempo e afinidade com o público.

Para fechar esta seção, acredito que seria interessante uma página de créditos. Senti a falta de saber, dentro do jogo, quem eram os responsáveis pelo belo e divertido trabalho que eu tinha em mãos.

Acredito que uma implementação no quebra-cabeça (página com os jogos da PTM já resolva isso).

Conclusão:

Nota 5/5

O jogo é lindo, divertido e muito bem feito.

Dá vontade de jogar mais e mais e demonstra ter, ainda, muito potencial com a variedade de fases, cenas de ação, inimigos etc.

O jogo já está ótimo e ainda pode melhorar bastante.

Muito bem, Tuomas, excelente trabalho!

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