Brasil investe no mercado Indie
- Natalie Peon
- 6 de dez. de 2016
- 2 min de leitura
O Brasil tem se tornado um país cada vez mais forte na indústria de jogos eletrônicos e seu mercado consumidor já é o 11º em todo o mundo¹, mas ainda existe um grande desafio a ser superado - a criação.
Vendo esta lacuna, a Ancine (Agência Nacional de Cinema) lançou o edital voltado para esses investimentos em produção independente. Essa chamada pública disponibilizará R$10 milhões para a produção de 24 jogos eletrônicos. A intenção é que a monetização seja através dos consoles, computadores e dispositivos móveis.
Esta ação busca estimular o mercado desenvolvedor indie de games no Brasil. Especialistas classificam ainda como um passo fundamental para a oficialização do setor de games dentro do segmento audiovisual.
“Os jogos são um vetor importante na construção de identidade e temos muito a contribuir com a indústria criativa no Brasil”
Ale McHaddo, da Abragames.
E para tal, estão previstos investimentos em três categorias:
- Categoria A: contemplará até dois projetos com R$ 1 milhão cada;
- Categoria B: selecionará até 10 projetos que receberão R$ 500 mil;
- Categoria C: oferecerá R$ 250 mil a até 12 projetos.
Lembrando que o regulamento prevê que ao menos 30% dos recursos sejam destinados para projetos de empresas sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Produtoras da região Sul e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo devem receber no mínimo 10% dos recursos.
“Hoje é um dia histórico para a indústria de games no Brasil. A divulgação do edital da Ancine de R$ 10 milhões é a ponta do Iceberg de muita coisa boa que ainda está por vir.”
Fernando Chamis – Diretor na Webcore

Em paralelo a este edital, a Ancine colocou em consulta pública uma análise de impacto regulatório sobre o setor de jogos eletrônicos no país. O estudo traça um panorama do mercado mundial de games após a identificação do elevado faturamento deste setor no mercado brasileiro e uma pequena participação da produção nacional nele.
A consulta sobre o assunto segue até o dia 6 de março e aponta sugestões de intervenções públicas em quatro aspectos: produção de projetos, desenvolvimento empresarial e elo de distribuição, além do estímulo à formação de recursos humanos.
Para maior aprofundamento do assunto, visite ancine.gov.br
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