Tomb Raider – Rise of Tomb Raider
- Bernardo Slack
- 28 de nov. de 2016
- 3 min de leitura
--- Esforcei-me para não ter spoilers. Espero que não haja algo que estrague sua aventura. ---

Ao iniciar o jogo, achei a letra do HUD um pouco pequena. Isso me fez optar por jogá-lo dublado, com receio de não conseguir ler algumas legendas durante o jogo. Porém, antes de iniciar qualquer jogo dublado sempre rola um frio na barriga – nem sempre elas são bem feitas.
Como eu comprei a edição comemorativa do vigésimo aniversário, fiquei alguns minutos abrindo pacotes de cartas. Senti falta de uma explicação do para que elas serviam.
Passando todo esse pré-jogo, comecei.
De cara a dublagem já me cativou. Há sentimento em cada momento e as falas se encaixam bem. Não é algo raso e, com o passar do jogo, vai aprofundando num ritmo que vamos gostando do que ouvimos.
Um trailer de tirar o fôlego combinado com um tutorial emocionante já dá o gostinho do que vem pela frente – uma jovem com muitas habilidades enfrentando perigos extraordinários. Tem tudo para ser épico.
Alguns detalhes nunca me escapam e eu curti muito em ver a interação da Lara com o cenário, mostrando que não são apenas texturas, mas expressa sua curiosidade, e a nossa também. Ela vira a cabeça conforme alguns objetos ou ossadas aparecem, ela olha para algum local, como que indicando para o jogador virar a tela até ali e suas mãos vão tocando as paredes próximas.
Outros pontos pequenos, mas que para mim agradam e muito, são as roupas molhadas, a sujeira do seu rosto um pouco mais limpa após um mergulho e, o que eu mais curti, sua forma super feminina de secar o cabelo: “As mulheres realmente fazem isso quando saem da água?”, perguntei para minha namorada. “Sim, exatamente assim.” Ela disse. São detalhes assim que aumentam, e muito, a imersão no jogo. O que é fundamental para este gênero e são parte muito bem exploradas em rivais como The Last of Us e Uncharted.
Falando sobre o jogo em si, sinto um pouco a falta de ações mais oportunistas de combates, como explorar o cenário para ganhar vantagem. Em determinados momentos é ela sozinha trocando tiros contra dez ou mais inimigos e ela ganha de todos com uma simplicidade que diminui um pouco da grandiosidade da obra, afastando a realidade tão bem explorada por outras partes do jogo.
Se eu pudesse mudar algo nesse sentido, seria ela atirando ou lançando suas flechas em partes soltas do cenário para atingir um grupo de inimigos, ou se aproveitando de sua agilidade para fazer alguns ataques mais acrobáticos explorando suas habilidades aventureiras e outras coisas assim. Ela não aparenta ser uma mulher de muita força física, portanto, vencer vários homens, aparentemente mais fortes, é um pouco “mentiroso”, principalmente em combates corpo-a-corpo.
A cena dela se defendendo na missão, logo no começo, é muito bem feita mostrando suas habilidades em autodefesa marcial. Mas isso não aparece durante o gameplay, pelo menos não de maneira a justificar como ela ganha as lutas corporais. Seria uma excelente sacada explorar esses movimentos de auto defesa para superar inimigos, imobilizando-os ou os transformando em escudos etc.
A narrativa é fácil de entender e muito envolvente. Confesso que esperava que algumas revelações acontecessem mais para o final, mas não senti um impacto negativo, pelo contrário, isso me deixou intrigado porque fiquei com a sensação de que algum mistério maior ainda está por vir.
É um jogo divertido, envolvente e feito com muito carinho.
Certamente vale a pena ser jogado!
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