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Os jogos nos ensinam ainda mais sobre nós mesmos

  • Bernardo Slack
  • 9 de mar. de 2016
  • 3 min de leitura

O mundo real nem sempre é capaz de oferecer as melhores oportunidades para que todos possam mostrar suas principais qualidades.

Podemos perceber isso em diversos cenários do cotidiano, como alunos que fracassam em determinadas matérias na escola e se destacam em outras, ou profissionais que não atingem o sucesso em uma determinada área ou carreira, mas acabam se encontrando em outras funções.

"Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ela vai gastar toda a sua vida acreditando que ele é estúpido."

Albert Einstein

Independentemente da idade, do gênero ou qualquer outra característica, cada um de nós temos habilidades específicas para desempenhar um papel e que não somos capazes de exercer outros. Esta diferença é natural, mas nem sempre justa no “mundo real”. Para a construção e o desenvolvimento de uma sociedade, é necessário estabelecer padrões básicos para que todos sigam os mesmos caminhos. Porém, esta forma molda o desenvolvimento de toda a população, obrigando que todos sejam “iguais”.

Diferentemente das atividades diárias, os jogos podem nos proporcionar oportunidades singulares de enxergar características fundamentais para nosso desenvolvimento como nossas principais forças, nossas verdadeiras motivações e, nosso real objetivo de vida, que é o que nos torna felizes.

Além da inúmera variedade de jogos, o que proporciona que cada pessoa desfrute do que mais lhe convém, seus desafios propostos nos põem constantemente à prova, e são nesses momentos que conseguimos expor nossas principais capacidades.

Ao observarmos os players em ação, conseguimos destacar nitidamente suas frustrações, suas excitações e, principalmente, suas principais forças. A cada decisão é possível enxergar isso ao vê-los utilizando as características que mais lhes transmitem a segurança do sucesso, principalmente enquanto estão atuando em um campo que já lhes é conhecido.

Contudo, apesar de muitos atributos serem simples de se perceber, um deles é mais complexo e, talvez, o mais fundamental de todos. O que o motiva? O que realmente torna aquele jogador realizado? O que o torna feliz?

Essas são as indagações que todo desenvolvedor de jogos deve se fazer enquanto elabora o design de seu trabalho. “O que realmente existe no meu jogo que inspira e gratifica o meu jogador? ”. Mas o grande segredo do sucesso para qualquer empreendimento está aí. E é justamente por isso que o “mundo real” fracassa tanto conosco. Sempre nos é perguntado “O que te faz feliz? ”, mas nunca nos ouvem as respostas.

O “mundo real” não precisa que você esteja feliz para que ele funcione. Os jogos sim.


Portanto, para um jogo, o mais importante é saber ouvir, e é exatamente isso que os maiores desenvolvedores de jogos garantem como a qualidade mais significativa para um profissional. Sua capacidade de ouvir, realmente, o que o seu público quer, ou melhor, precisa, experimentar.

Experimente perguntar-se o que o torna feliz e tente descobrir o mesmo sobre as pessoas que estão à sua volta. Numa empresa, ou qualquer tipo de relacionamento que envolva seres humanos, saber exatamente o que se quer, é fundamental para serem, ambas as partes, realizados.

Reflexões baseadas no livro “A Realidade em Jogo” de Jane McGonigal e “The Art of Game Design” de Jesse Schell.

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